"Anya é uma garota comum, estudante de gastronomia e que mora em
Florianópolis. Certa noite, ao passear pela praia ela sente um aroma que
a atrai terrivelmente, um perfume, uma mistura de fragrâncias que mexe
com todos os seus sentidos. Na noite seguinte ela se vê perseguida pelo
aroma e descobre que ele vem do corpo de um belo banhista que sai do
mar. Cedendo ao impulso, ela vai até ele. Surpreendendo-o, ela o lambe e
encosta o nariz em sua pele. Atormentada pelo aroma, ela precisa
experimentar, então, alcança seu pescoço e o morde numa veia pulsante.
Anya então descobre o prazer de degustar o sangue doce, que a fazia
pensar em frutas flambadas, temperado com o sal da água... o sabor
agridoce que a desperta para uma necessidade vital que fará parte da sua
vida a partir de então, a necessidade de sangue."
*****
“- Meu Deus! Isso é loucura! – ela balançou a cabeça, tentando se livrar daquilo. – Por que eu? Por que despertar?
- É genético, Anya... você é uma portadora... e alguma coisa, em algum momento da sua vida, pode levá-la à necessidade de despertar, entende?
- Genético?
- É genético, Anya... você é uma portadora... e alguma coisa, em algum momento da sua vida, pode levá-la à necessidade de despertar, entende?
- Genético?
- Sua mãe era Portadora... e você é...
- Eu vou ter que chupar o sangue das pessoas? É isso que está me dizendo, Montéquio? – a raiva cresceu dentro dela e a jogou toda para Rafael. Aquele estranho com sobrenome shakespeareano era culpado! – Não posso fazer isso! É... monstruoso!
- Você já o fez Anya... – Rafael falou calmo e ela arregalou os olhos virando-se para seu pai.”
- Eu vou ter que chupar o sangue das pessoas? É isso que está me dizendo, Montéquio? – a raiva cresceu dentro dela e a jogou toda para Rafael. Aquele estranho com sobrenome shakespeareano era culpado! – Não posso fazer isso! É... monstruoso!
- Você já o fez Anya... – Rafael falou calmo e ela arregalou os olhos virando-se para seu pai.”
Agridoce – Simone Marques – Pg. 66 e 67