sábado, 27 de abril de 2013

# 16 Resenha - Agridoce






"Anya é uma garota comum, estudante de gastronomia e que mora em Florianópolis. Certa noite, ao passear pela praia ela sente um aroma que a atrai terrivelmente, um perfume, uma mistura de fragrâncias que mexe com todos os seus sentidos. Na noite seguinte ela se vê perseguida pelo aroma e descobre que ele vem do corpo de um belo banhista que sai do mar. Cedendo ao impulso, ela vai até ele. Surpreendendo-o, ela o lambe e encosta o nariz em sua pele. Atormentada pelo aroma, ela precisa experimentar, então, alcança seu pescoço e o morde numa veia pulsante. Anya então descobre o prazer de degustar o sangue doce, que a fazia pensar em frutas flambadas, temperado com o sal da água... o sabor agridoce que a desperta para uma necessidade vital que fará parte da sua vida a partir de então, a necessidade de sangue."

***** 



“- Meu Deus! Isso é loucura! – ela balançou a cabeça, tentando se livrar daquilo. – Por que eu? Por que despertar?

- É genético, Anya... você é uma portadora... e alguma coisa, em algum momento da sua vida, pode levá-la à necessidade de despertar, entende?

- Genético?
 
- Sua mãe era Portadora... e você é...

- Eu vou ter que chupar o sangue das pessoas? É isso que está me dizendo, Montéquio? – a raiva cresceu dentro dela e a jogou toda para Rafael. Aquele estranho com sobrenome shakespeareano era culpado! – Não posso fazer isso! É... monstruoso!

- Você já o fez Anya... – Rafael falou calmo e ela arregalou os olhos virando-se para seu pai.”


Agridoce – Simone Marques – Pg. 66 e 67






VAMPIROS. É um tema bem clichê e depois da febre da Saga Crepúsculo encontramos parece às vezes que a mesma história com personagens novos. Mesmo com tantos livros pipocando na literatura nacional, tenho que parabenizar cada autor que desenvolveu esse tema, principalmente os que tive o prazer de conhecer as obras, porque vocês estão conseguindo pegar um tema que está sendo febre, mas criando seus próprios vampiros e as histórias todas ambientadas em cidades brasileira, isso vem não só para valorizar a nossa literatura, mas mostrar que temos lugares no Brasil que podem sim ambientar histórias e não só se prender ao mundo internacional.



Incrível. Se tivesse que resumir tudo que li em uma única palavra seria a primeira palavra dessa resenha. Já tinha um tempo que não lia nada sobre Vampiros, digamos que não sou tão fã do estilo, mas gosto de ler quando se trata de livros nacionais, me impressiono com a criação de “novos vampiros brasileiros” e Simone não fica de fora dessa lista.

A estória de vampiros apresentada por ela apresenta uma nova forma de vampiros, que tem o vírus em sua genética, eles são Portadores até que sejam despertados através do contato com o Mensageiro, para assim que despertar, saber que agora tem um Escravo e um Caçador que procuram por ela. Ficou um pouco confuso né? Vou tentar explicar melhor.

Anya é a típica adolescente, estudante de gastronomia, se não fosse por um problema, ela é alérgica ao sol. Isso mesmo, a adolescente não pode sair no sol, e passa a vida toda trancafiada em casa com o pai, e ambos só saem à noite. Mas, se não fosse o encontro de um cheiro agridoce que chama a atenção na praia, nada disso começaria. A jovem é atraída pelo cheiro e acaba não sabe por que, mordendo o dono do cheiro que tanto mexe com ela, naquele momento ela assinou sua sentença, em se tornar uma sugadora de sangue.

Uma das maiores diferença de Agridoce para os outros livros de vampiro, é que nesse caso, a protagonista que é a Portadora, não têm nada daquela sensualidade que vemos em filmes e outros livros, ela continua sendo uma menina tímida e tudo mais. E depois que Anya desperta passa a descobrir todos os segredos que envolviam a morte de sua mãe, e conhece o universo que ela pertence agora. Ela não precisa sair como nos filmes, atacando todos para saciar sua sede, porque quando o Portador desperta, ele ganha um Escravo que têm um sangue que dá a energia que o portador precisa, mas isso não impede de procurar outras pessoas para se alimentar, mas o sangue que lhe dá prazer é o de seu escravo.

Anya não consegue lidar muito bem com a nova realidade, e se não bastasse o fato de ter que sugar o sangue de um homem que sente prazer nisso, a adolescente descobre o porquê de tanta proteção, porque quando ela desperta além de ganhar um escravo que poderá alimentá-la, acontece o despertar de uma pessoa que só tem uma missão, acabar com a vida da Portadora, é como se o mal se proliferasse, mas a própria natureza criasse um antídoto, o Caçador.

Agora, ela tem que aprender e entender mais sobre sua nova vida, conviver com seu escravo e se proteger junto aos seus amigos e seu tutor, do caçador que pode estar mais perto do que ela imagina.

A leitura de Agridoce é muito boa, nada muito exagerado, mas também nada muito simples, e o tipo de livro que você pode ler em qualquer lugar, onde as vezes você não pode estar prestando atenção 100% no livro, no meu caso como contei a Simone, Agridoce foi minha companhia nos engarrafamentos de Salvador e olhe que era tão boa companhia que tinha hora que pedia para que ficasse só mais um pouco engarrafado para descobrir o que ia acontecer.

Para quem gosta de uma boa história de vampiro, com muito sangue, suspense, ação e aventura... Agridoce é uma boa pedida. Agora só tenho que comprar Cítrico que é a continuação dessa história para entender melhor, algumas lacunas deixadas por Agridoce, mas já posso esperar por muita aventura.

A Editora Modo e Simone Marques estão de parabéns por presentear a literatura nacional, com uma grande obra que tem tudo para se tornar um grande sucesso. E quem sabe, você... Você mesmo que está lendo, não queira ser um portador, já pensou em ter uma vida longa?

Embarque nessa aventura.



Créditos

Livro: Agridoce

Autora: Simone O. Marques

Capa: André Siqueira

Editora: Modo

Páginas: 316 




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