domingo, 3 de julho de 2011

Josy Tortaro - Marcada a Fogo

“Sou escritora nata”
Josy Tortaro é formada em publicidade e sempre trabalhou com textos: repórter, redatora, webwriter, revisora e roteirista. A paixão por livros a levou ao curso de comunicação social. Casada desde 2007 com Luciano Tortaro, o grande incentivador dessa história. Está com lançamento do seu primeiro livro Marcada a Fogo da Saga Os Quatro Elementos, com lançamento previsto para Outubro/21011 pela Editora Literata.
A escritora, gosta muito de ler, confessou que quando se interessa por um livro, não para até terminar, lê no café, almoço, jantar, antes de dormir, sempre que tem um tempinho. É mostrou-se sempre preocupada e ansiosa com as novidades sobre seu livro, preocupada com lançamento e com a finalização da capa do livro.
Falou sobre sua vida, suas obras, e pretensões para outros livros.
Quando começou a escrever?
Minha paixão por livros começou na adolescência, apesar de já escrever versos e poemas há muito tempo, como forma de desabafo. Aos 15 anos, junto com uma amiga, rabiscamos alguns originais que nunca passaram das folhas dos cadernos. Continuei escrevendo sozinha depois de um tempo ou anotando novas ideias. Mas ainda não estava satisfeita suficiente para pensar em publicar. Escrevia porque era um prazer.
Como é seu processo criativo?
Ideias surgem do nada. Não tem como explicar. Minha cabeça é engraçada. Vou conversando com as pessoas - sem interesse algum, evidente, sou muito comunicativa – assistindo, lendo e de repente, algo estala na minha cabeça e eu penso: poxa, isso pode dar uma história. Anota e espero a ideia amadurecer para criar o enrede e começar a escrever efetivamente.
Como surgiu a idéia para escrever “A Saga Os Quatro Elementos”?
Como dito anteriormente, eu tinha alguns rascunhos guardado que não dava muito valor. Eu não acreditava neles. Um belo dia, frustrada por não ter voltado a escrever depois de muitos anos apenas anotando ideias avulsas, meu marido me aconselhou a criar uma história de fantasia – estavam no auge Crepúsculo e Harry Potter. Primeiro eu achei que tudo o que existisse de legal, já fora inventado, mas me propus o desafio de pensar em alguma coisa. E quando coloco algo na cabeça, não sossego até conseguir. Em três dias eu já tinha o nome da série e a base da trama da história que é o alinhamento planetário. A partir daí, a história foi se construindo.
Por que a escolha do nome “Os Quatro Elementos”?
A base de cada livro será o elemento e sua influência sobre o personagem principal. Cada volume terá seu protagonista contando sua própria experiência que complementa a história. De cara não pensei em fazer quatro volumes, mas achei que cabia por ser embasada nos elementos.
Quais foram as dificuldades encontradas na procura por uma editora?
Com certeza a primeira é a própria ansiedade do autor. É difícil se deparar com prazos enormes para receber uma resposta, até mesmo negativa. Mas a maior, com certeza, é financeira. As grandes editoras, que deveriam financiar livros com base em sua própria análise de original, não o faz e cobra valores exorbitantes para lançar um novo autor. Mas se tem uma coisa que aprendi que editora grande só tem nome. Elas pouco fazem para a divulgação do livro. O esforço maior é do autor mesmo.
Quais são suas influências para escrever?
Eu gosto muito de autores clássicos, apesar de também gostar de contemporâneos. Mas vamos aos nomes que me inspiraram mais enquanto escrevia a saga: Stephenie Meyer, J.R.R. Tolkien, Dan Brow, Sidney Sheldon, Jane Austen e William Shakespeare. A maneira como eles escreve e os temas me impressionam.
Quais foram as suas dificuldades para escrever uma saga. 
A ansiedade de terminá-la logo e o pouco conhecimento do final. Eu tive que construir livro por livro, um de cada vez, afinal, um puxava o outro, acrescentava. A única maneira de construir o desfecho com detalhes era montar os três primeiros com precisão. Fiz isso pouco antes de começar a divulgar o primeiro volume. Ainda estou escrevendo o terceiro livro, mais ou menos na metade. Mas o último já está montadinho. Inclusive com sinopse.
Como foi essa experiência de escrever essa saga? 
Um desafio, com certeza. E descobri minha própria superação. Primeiro porque eu estava falando de um assunto místico que exigia um certo conhecimento. E dale pesquisa! E em segundo lugar, porque cada livro acontece em lugares diferentes do Brasil, com personagens completamente diferentes, femininos e masculinos também. Eu tinha que entrar em suas cabeças sem misturar, respeitando suas individualidades e até mesmo seu gênero. Como pensar como homem sendo uma mulher? Foi um desafio do qual estou bastante orgulho do resultado. Acredito que tenha alcançado o objetivo.

Fale um pouco sobre o seu primeiro livro “Marcada a Fogo”.
O primeiro volume da série se passa em Foz do Iguaçu, no Paraná, na tríplice fronteira, na passagem entre os anos 2011 e 2012. Tamires do Valle é uma ruiva de 33 anos que não sabe de onde veio ou quem são seus pais. Foi encontrada nas Cataratas do Iguaçu por um guia e criada em um orfanato até a maioridade. A única coisa que se lembrava era seu nome e de uma pedra que estava ao seu lado no dia em que foi encontrada. Casou-se com Gustavo do Valle, empresário do setor de bebidas anos depois de sair do orfanato, como quem tem uma filha de 2 anos chamada Sofia.
Em meio a uma felicidade quase plena, não fosse o mistério sobre sua origem, Tamires vai se deparar com eventos místicos e sobrenaturais que a guiarão por um caminho oposto do qual segue hoje. Um alinhamento planetário é previsto por um renomeado astrônomo e Tamires passa a ter dúvidas sobre a vida que lhe foi apresentada.
Em busca da verdade de si mesma, vai enfrentar o medo e a morte. E vai descobrir o que é ser enganada por quem mais ama.
Marcada a Fogo é uma história de mistério e magia que tem como pano de fundo um cenário paradisíaco.
Quais são suas pretensões para o futuro? Já há planos para outros livros?
Sim. É engraçado você me perguntar. O primeiro que me fez essa pergunta foi meu marido: Josy, o que você vai escrever depois da saga? E eu respondi: Não faço a menor ideia! hahaha E era verdade. Estava tão focada em terminar a série que não consegui abrir caminho para uma nova história. Depois que conclui o enredo do desfecho, mas ainda estava escrevendo o terceiro, eu tive um pequeno problema de inspiração. Isso acontece às vezes. Então, parto para uma nova leitura, um filme ou seriado a fim de me distrair e quem sabe encontrar alguma luz que me ajude a prosseguir a escrita. Sempre dá certo. Porém, dessa vez, me surgiu uma nova história que virou sequência também. Rsrs Acho que estou descobrindo que gosto disso. Hahaha Enfim será uma trilogia que chamo Estrela. Como amo histórias de época, sempre teve o sonho de escrever algo nesse gênero, foi aí que surgiu a minha nova história, completamente diferente da saga. Porém, a seqüência será apenas de tempo, não haverá desfecho, como no caso da série. É a eu achei que valia a pena dividir, ao invés de contar tudo em uma só para valorizar a história. Eu criarei um reino muito antigo onde um rei muito amado tem um príncipe também adorado. Nesse reino perfeito, onde a magia e os homens vivem em harmonia, vai nascer um amor proibido, que enfrentará a fúria de uma nação inteira e até dos deuses para permanecer. Essa primeira história puxará as outras, em tempos seqüentes, tendo como foco a continuidade dessa nação. Cada livro da trilogia falará de um tempo diferente e das conseqüências dessa paixão proibida sobre esse povo e seus governantes.
Deixe um recado para outros jovens que estão escrevendo ou pensam em escrever um livro.
Não desistam! E continuem escrevendo. Seja inquietos e não se achem que seu trabalho é perfeito, você pode ouvir uma opinião negativa, se sentir infeliz e desistir de um sonho que pode dar certo. Se aperfeiçoe, leia muito e peça para pessoas próximas lerem e opinarem sobre o original. O mercado brasileiro está em expansão e nossa cultura necessidade de novos talentos e obras. Portanto, sem tem vontade, tem talento e acredita, vá em frente. Um dia você alcança seu objetivo.
Considerações finais
Gostaria de agradecer primeiramente a oportunidade de falar um pouco sobre mim e minha obra, da qual tenho orgulho. Porém, que não significaria nada além de um rascunho de meus pensamentos se não houvesse os fãs, as pessoas interessadas em ler. Fico agradecida e feliz pelo interesse e me esforçarei sempre em criar novas e interessantes histórias para vocês. Darei o meu melhor e um pouco mais, sempre evoluindo. 

3 comentários:

  1. Entrevista muito legal. Eu estou escrevendo um livro sobre os quatro (ou cinco) elementos,mas sempre tenho vontade de desistir quando vejo que tem alguma obra parecida.

    ResponderExcluir
  2. Que nada Candie, isso deveria lhe fortalecer ainda mais, para você ver que está no caminho certo, mas cada um tem sua forma única de escrever um livro. Espero ter um dia você aqui, mas não apenas leitora, mas sendo entrevistada.
    Abraços.

    ResponderExcluir
  3. Isso, mesmo, Valber.
    Não desista, Candie.
    É um tema abrangente demais para ser contado apenas por uma versão.
    Surpreenda! Mesmo usando um tema tão comum. Aí estará o segredo de sua história!
    Sucesso!

    ResponderExcluir